Investimento em educação é quase igual ao de países ricos.
O Brasil investe bastante em educação se comparado a países desenvolvidos. Mais de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vão para educação, enquanto países ricos gastam 4,9%.
A diferença de apenas 0,6% levou especialistas a questionarem os motivos pelos quais existem tantos problemas em na educação pública brasileira, durante realização do 4° Congresso Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) sobre Investimento Social Privado.
A má distribuição dos recursos em educação foi um dos pontos levantados durante a discussão. "Em relação ao Brasil, a Alemanha, a Irlanda e o Japão investem menor porcentagem do PIB em educação. Ou seja, investimos bastante, mas gastamos em coisas erradas.
Não usamos a verba com competência", comentou Cláudia Costin, vice-presidente da Fundação Victor Civita.Para o presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), Simon Schwartzman, há muito desperdício de recurso e tempo em iniciativas sem finalidades claras.
"É preciso um uso mais otimizado e eficiente do dinheiro gasto", disse o especialista ao comentar que há pouca clareza, até mesmo por parte de empresas, fundações e institutos, no que investir quando o assunto é educação.
Schwartzman ressaltou ainda a importância de se fazer pesquisas constantes para identificar as reais necessidades de investimento em determinadas ações sociais. "Dados têm mostrado que a capacitação e formação de professores é um dos pontos cruciais para a melhoria da qualidade de ensino".
Exemplo disso é que, apesar da expressiva queda no número de docentes leigos (de 24%, em 1995 para 6%, em 2002), 32,5% dos professores de ensino básico tem apenas ensino médio.Costin finalizou dizendo que não adianta ter todas as crianças na escola se não houver qualidade. Em 1930, apesar de só 21,5% das crianças em idade escolar estarem matriculadas, a educação era de mais qualidade. Hoje, 97% estão matriculadas num sistema de ensino precário.
Fonte: Aprendiz
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