15 de mar. de 2007

Copa dos Pesadelos: finalmente a final!

Torero narra uma copa desastosa, eis a final:
 
Jogo final da Copa dos Pesadelos

A final da Copa dos Pesadelos encerrou a competição com chave de lata. Foi uma verdadeira demonstração de futebol-desastre.

 

Como tivemos uma noite de gala, várias celebridades foram vistas nas arquibancadas: Chuck Norris disse que apreciava muito o estilo de Maurício Copertino, Osama Bin Laden comentou que está interessado no passe de Coicito e o presidente do Irã reclamou: "Se o Júnior Baiano pode jogar futebol por que eu não posso ter uma bomba atômica?"

 

Um grande público compareceu ao estádio. Do lado direito das arquibancadas ficou a Flamasoca, uma torcida de masoquistas flamenguistas, e no lado esquerdo ficaram os envergonhados santistas, usando sacos na cabeça para não serem reconhecidos.

 

Os mais nobres órgãos da imprensa esportiva estiveram presentes, com destaque para as câmeras do Canal Sem, que ficaram em volta do campo para gravar os piores momentos. Na cabine da Globo, dois desfalques: Falcão e Casagrande se negaram a comentar um jogo tão ruim.

 

Galvão Bueno teve que trabalhar com Deivid e Ataliba mesmo.

Antes da partida, os jogadores demonstravam seu otimismo nas entrevistas. Baez asseverou: "La garantia soy yo! El problema es que no sé quien soy." E Zé Romário falou: "Quando eu nasci, Deus apontou para mim e disse: 'Quem é esse aí?'"

 

Os jogadores de ambas as equipes entram em campo de mãos dadas. "Não estão de mãos dadas...", explica um repórter, "Estão acorrentados! Queriam fugir e não disputar a partida!".

 

Para grande comoção dos espectadores, antes de o jogo começar foi tocado o hino nacional (no Motorádio de Nelsinho Baptista).

 

O trio de arbitragem foi formado pelo artilheiro José de Assis Aragão, pelo matemático Armando Marques e pelo bicampeão Márcio Rezende de Freitas.

 

0´: É respeitado um minuto de silêncio, em memória dos torcedores dessas equipes que tanto sofreram com esses times no decorrer dos anos

 

0´01": Júnior Baiano dá o pontapé inicial. Em Demétrius.

 

2': A torcida do Santos grita "Peeeeixe!". Gilberto olha para todos os lados e pergunta "Onde, onde? Eu quero um frito com limãozinho!"

 

5': Pênalti para o Flamengo. Depois de Camilo colocar a mão na bola dentro da área, Dill chuta o chão e arranca um tufo do gramado. A bola vai para as arquibancadas, mas o tufo de grama entra no ângulo direito do goleiro. Que lindo!

 

12': Gilberto vai bater o tiro-de-meta para o Santos e é escanteio para o Flamengo.

 

13': Escanteio cobrado pelo Flamengo e é tiro de meta para o Santos

 

18': Serginho Fraldinha entra na área mas, quando vai chutar, Júnior Baiano arranca

violentamente sua fralda. Pênalti! E atentado ao pudor. Marcelo Fernandes bate e erra.

 

23': Vampeta finalmente sobe ao gramado.

 

24': Vampeta volta ao vestiário, pois esqueceu sua rede lá.

 

27´: Gilberto engole um frango, com farofa de banana.

 

30': Negreiros finta para um lado, finta para o outro, fica tonto e cai.

 

35": Baez chuta uma bomba na trave.

 

35'01": A bola rebate na cara de Baez e volta na trave.

 

35'02": A bola rebate na cara de Baez e volta na trave.

 

35'03": A bola rebate na cara de Baez e volta na trave.

 

35'04": Júnior Baiano, irritado, dá um carrinho em Baez e acaba com esta história. É Pênalti. Demétrius bate e erra.

 

40': Incrível talento rubro-negro! Zé Romário tá lento, Júnior Baiano tá lento, Vampeta tá lento, Dill tá lento, Negreiros tá lento...

 

44´: Ninguém se entende no ataque do Santos. Maezono fala japonês, Baez habla espanhol e Serginho faz "gugu-dadá".

 

45': O juiz termina o 1º tempo, graças a Deus

 

No intervalo, George W. Bush diz que, se a FIFA não proibir Junior Baiano de jogar futebol, ele irá atacar o Brasil, pois o zagueiro é uma potencial arma de destruição em massa e ele invadiu o Iraque por muito menos.

 

46´: Recomeça a partida. No primeiro lance, Kobayashi invade a área, dribla o goleiro mas, quando vai marcar, saca uma máquina fotográfica para tirar foto do lance. A defesa flamenguista se aproveita e recupera a bola.

 

49': Chapéu (involuntário) de Demétrius em Júnior Baiano!

 

50': Pontapé (voluntário) de Júnior Baiano em Demétrius

 

51': Vampeta volta para o segundo tempo e fica imaginando um bom lugar para colocar a rede.

 

52': Desentendimento na cabine da Globo! Galvão reclama que, como Ataliba e Deivid são gagos, os comentários demoram muito e sobra pouco tempo para ele.

 

53´: Pênalti para o Flamengo. Dill, após errar 18 cobranças nesta Copa, deixa para Vampeta bater. Ele corre para a bola e, antes de chutar, dá a famosa paradinha.

 

Paradinha no bar para comer um acarajé. Quando volta, manda a bola para fora.

 

61´: Negreiros tenta dominar a bola, mas não consegue e reclama da bola.

 

62´: Negreiros tenta dominar a bola, mas não consegue e reclama do gramado.

 

63´: Negreiros tenta dominar a bola, mas não consegue e a torcida reclama do técnico por tê-lo escalado.

 

69': Momento do trocadilho: Jorginho tenta o toque profundo até encontrar o Dill, que incomoda bastante pelo meio.

 

73': Reginaldo Araújo tenta jogar nas costas de Cássio, mas o lateral-esquerdo flamenguista não agüenta o peso do santista e ambos se estatelam no gramado.

 

74': Vampeta troca as chuteiras. Por um chinelo.

 

81': Vampeta pede a entrada dos massagistas do Flamengo. Ele tira a camisa e o calção, enrola uma toalha na cintura, deita-se no chão e pede uma massoterapia.

 

82': O Flamengo é todo ataque, mas o ataque é todo ruim. O zero a zero persiste no placar.

 

89': Junior Baiano dá uma tesourada em Serginho Fraldinha e é expulso pelo juiz (de menores). É pênalti para o Santos.

 

89'30: Maezono bate, mas, quem diria?, Zé Romário defende. Os jogadores do Flamengo pulam em cima do goleiro para comemorar a defesa e caem todos dentro do gol. GOOOOL! Do Santos! E é o primeiro gol contra coletivo da história.

 

90': Termina o jogo! O Santos ganha e o Flamengo é campeão!

 

Galvão Bueno grita "Acaboooou, acaboooou!" Deivid e Ataliba comentam: "A-a-a..., deixa pra lá."

 

Há uma grande comemoração no gramado. Vampeta dá cambalhotas, o capitão Júnior Baiano ergue o troféu (um Íbis de ouro) e os jogadores são levados nos braços pela torcida (levados para fora de campo, para nunca mais voltarem).

 

Há festa no Rio pela conquista, festa em Santos pela vitória, festa em todo o pais porque é o fim da Copa dos Pesadelos.

 

Mas eis que surge Luiz Zveiter, com uma liminar na mão, e diz: "Esse torneio está contaminado. Vão ter que jogar tudo de novo".

 

Então algo sobrenatural acontece: a grama cresce e segura Zveiter pelos pés, as balizas andam em sua direção e o prendem com suas redes, e as bolas chocam-se contra ele impiedosamente. Depois, do meio das nuvens, uma voz tonitroante brada: "Copa dos Pesadelos, nunca mais!"

 

E Deus ganha o Motorádio.

 

Fonte: Blog do Torero


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