
Para entender a F-1 deve-se compreender as transformações ocorridas em dez anos. A categoria melhorou na construção dos carros, na formação dos pilotos e caracterização das equipes. Em 50 e 51 a equipe a ser batida era a Alfa Romeo.
Sua principal rival era a equipe dirigida pelo ex-chefe de competições da Alfa, Enzo Ferrari. A Alfa fez os campeões dos dois primeiros anos - Giuseppe Farina e Juan Manuel Fangio, e se retirou das pistas, deixando os títulos dos dois anos posteriores para Alberto Ascari, da Ferrarri. Eram carros com 13 anos de vida. O passado triunfava. Em 1954, a Mercedes contratou Fangio e uma equipe numerosa; ganhou corridas, dinheiro, fama e deu ao argentino mais dois títulos mundiais.
Ao final de 55, saiu de cena. Como a Alfa, veio, venceu e foi embora, sem se importar com o futuro do esporte. Em 56, Fangio conseguiu seu quarto título mundial, de volta à Ferrari. No ano seguinte, o argentino foi para a Maserati e se sagrou pentacampeão do mundo.
De qualquer forma, o modêlo da F-1 estava se formando: equipes de "garagem" que não se preocupam em vender carros de passeio, mas construir carros de corrida. O título de 1958 ficou com o inglês Mike Hawthorn, com uma Ferrari. Com uma abordagem mais científica e menos artesanal as equipes delineavam o futuro da fórmula.
Tais transformações aconteceram gradualmente e se cristalizaram na temporada de 1959. A Cooper trouxe uma metodologia que se concentrava na construção do chassis, comprando motor, caixa de câmbio. Assim, pôde desenvolver um carro mais leve, mais importante, muito mais barato, atraindo uma série de aventureiros ingleses e de outros países da Europa para a F-1, dando início às equipes como elas são hoje.
O campeão do ano foi o australiano Jack Brabham, formado nas categorias de base, com abordagem profissional em relação ao seu trabalho. Os ricos e nobres que corriam apenas por diversão e prazer ficaram na década de 50.
Fonte: Nova Era Notícias
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