Quem usa e-mail indevidamente vai ter seu nome no cadastro de maus usuários. E não precisa ser um hacker. Basta ficar enviando e recebendo mensagens de risco ou mostrar comportamento inadequado para internet
A coisa está feia. A cada dia que passa, crescem as ameaças à internet. Os números dizem que 80% dos e-mails que chegam diariamente à caixa postal não são solicitados e contêm algum tipo de código malicioso. As análises preparadas pelos especialistas da área de segurança ainda revelam que as formas como esses códigos são preparados para chegar até os computadores são as mais variadas e criativas possíveis.
Sempre dispostas a pegar o usuário pela curiosidade, uma das características mais fortes (e incontroláveis) do ser humano. A internet, por sua vez, é uma rede anárquica por natureza. Difícil de ser domada. Mas, possível de ser controlada. É mais certo que a indústria da computação proteja a internet do que eduque o usuário.
Por isso, paralelamente aos lançamentos de softwares e mecanismos de segurança surgem duas tendências: levar o nome de maus usuários para um cadastro, que vai acusar os que têm boa ou má reputação no uso do ciberespaço. Tal como um cadastro do Serasa, que acusa os maus pagadores e determina quem deve ou não ter crédito no mercado.
O usuário que não usar adequadamente o e-mail pode ficar comprometido, mas não será o único penalizado. Outra tendência é incentivar cada país a adotar uma legislação para os crimes eletrônicos. Essa sim deve decidir sobre o destino dos criminosos, ou seja, dos hackers e profissionais que vivem criando armadilhas e instabilidade para a internet.
Mesmo porque, as atuais ameaças virtuais não são inocentes como as que surgiam nos primeiros anos da rede. Ao contrário, já são encaradas como um negócio cinza, que precisa ser tratado com o rigor da lei. Dessa forma, separam-se usuários dos bandidos; maus usuários dos que sabem lidar corretamente com a internet.
Tráfego atormentadoFoi isso o que veio mostrar no Brasil Paul Judge, o principal executivo de uma das mais importantes empresas de segurança, a Cipher Trust, cuja principal missão é rastrear e monitorar tudo o que acontece com a internet, identificando entre as mensagens as que são positivas e negativas.
Paul Judge é considerado um cientista da informação e apontado em 2003, na lista do MIT (Massachussets Institute of Technology), entre os 100 Jovens Inovadores do Planeta. Segundo o executivo, existem 250 mil computadores "zumbi" espalhando e-mails e sites falsos carregados de armadilhas.
"São cerca de 10 mil computadores zumbis atuando por hora. O Brasil encontra-se na lista dos países mais perigosos e 2% desse tráfego mundial - cerca de 200 zumbi são brasileiras", afirma.
Com o avanço da tecnologia de segurança, é possível bloquear 95% das ameaças preparadas para a rede. "Impossível pensar em deter 100%", avisa Judge, lembrando que a proteção se refere tanto aos e-mails que chegam ao computador quanto aos que saem.
Muitas mensagens são confidenciais, outras contêm documentos anexados e informações estritamente profissionais que não podem ser corrompidas nem se perder no ciberespaço. "Hoje, existem soluções para atuar sobre qualquer ação que comprometa a integridade da internet", afirma o executivo.
Retirado site MundoInfo
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